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Com
a volta às aulas, muitos pais passam a ter nova despesa
familiar: o transporte escolar. Este serviço pode ser
solução para quem não tem tempo de levar
e trazer a garotada da escola, mas para garantir a tranquilidade
dos pais e a segurança dos filhos é preciso
fazer uma escolha cautelosa. |
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Só
na cidade de São Paulo, a São Paulo Transporte
S.A, empresa que gerencia o transporte urbano na cidade, contabiliza
cerca de 14 mil condutores cadastrados. Por isso, aos marinheiros
de primeira viagem, a dica é buscar referências
com a direção da própria escola ou com
pais que já se utilizaram desses serviços. "A
indicação é sempre muito boa e saudável
para saber se já houve algum tipo de problema",
diz a assistente de direção do Procon Sônia
Amaro.
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Para
Josias Lech, diretor do Departamento de Transporte Público
da SPtrans, responsável pelos transportes escolares,
os pais devem verificar aspectos referentes ao veículo
e ao motorista. A cada seis meses, a SPtrans e o Detran fazem
uma vistoria na qual verificam a parte mecânica do veículo,
além da limpeza, existência de extintores de
incêndio e cintos de segurança. Se tudo estiver
em ordem, o carro ganha um selo, que deve estar colado no
canto superior direito do pára-brisas. "Os selos
eventualmente podem ser falsos, por isso os dados do motorista
também devem ser checados |
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antes
de fechar contrato com o condutor", adverte Lech. Eles
devem ter um Cadastro de Registro Municipal de Condutores,
o CRM-C. Emitido pela Prefeitura a cada cinco anos, o documento
é obrigatório porque garante que o motorista
possui carteira de habilitação nas categorias
D ou E e certificado sem antecedentes criminais, além
de seguro do automóvel e das pessoas que estão
sendo transportadas.
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O
condutor Gilvado Alves, ou Tio Gil, como é conhecido
pelas crianças do Escola de Aplicação,
está com o selo e a carteirinha de CRM-C em dia. Dono
de três vans e há 15 anos no ramo, e diz conquistar
clientes principalmente por indicação. "Acho
que o segredo é o carisma e o gosto pelo que faço",
conta Gil enquanto procura organizar a agitada entrada dos alunos.
Ele assina um contrato com os pais, e juntos estabelecem normas
a serem cumpridas, como os horários de saída e
chegada na escola. |
O
Procon alerta para a importância deste procedimento.
"As pessoas muitas vezes não assinam nenhum documento,
fazem todos os acordos verbalmente, e isso pode ocasionar
uma série de problemas", diz Sônia Amaro.
Segundo ela, o contrato deve conter a qualificação
das partes, o valor da mensalidade e os horários de
saída e chegada. "Quem contrata o serviço
também deve combinar antes se haverá pagamento
nos meses de férias e se o motorista terá um
acompanhante para as crianças, o que dependendo da
faixa etária é muito importante", afirma.
A |
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"...acompanhante
para
as crianças (...)
dependendo da faixa
etária é muito importante"
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cláusula
sobre a recisão não pode ser esquecida: "o
ideal é colocar um prazo para que as partes avisem
com antecedência a intenção de desistência",
lembra.
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O
preço da mensalidade não é fixado pela
Prefeitura, diz Josias Lech. Nesse caso, acaba valendo a "lei
de mercado". Silvana Maria Ramos, funcionária da
Física, tem um casal de filhos com 9 e 11 anos que usam
perua escolar desde a 1a série. "Fiz uma pesquisa
antes de contratar a primeira perueira e escolhi a mais em conta.
Mas em compensação, as crianças ficavam
quase duas horas dentro da perua, sendo que de carro o trajeto
leva quinze minutos", diz Silvana, que trocou de condutor
assim que percebeu o absurdo da demora. "Prefiro pagar
um pouco a mais e ter a garantia de segurança",
completa. |
Perguntar
para os filhos sobre as condições de segurança
e conforto durante o trajeto casa-escola-casa é importante.
"Sei que a perua não anda cheia e que o percurso
é curto. As meninas não ficam nela mais de trinta
minutos", diz Sônia Maria Teixeira, funcionária
do Cepeusp/Nuri, com uma filha na 6a. e outra na 8a. série.
Sônia diz confiar no perueiro, que é o mesmo
desde que as duas entraram na 1a. série do Colégio
João Paulo, particular. Ela sabe que as janelas não
abrem mais do que 10 cm, regra obrigatória por lei,
mas esqueceu de checar com as filhas se elas usam o cinto
de segurança. |
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"perguntar
para os filhos
sobre as condições
de segurança e conforto" |
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serviço |
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Duvídas
ou reclamações sobre transporte escolar
podem ser feitas:
-
pessoalmente, junto ao Procon do
Poupatempo Sé
(Praça do Carmo s/nš),
Poupatempo Santo Amaro
(Rua Amador Bueno, 176/258) e
Poupatempo Itaquera
(Avenida do Contorno, 60)
-
pelo telefone (11) 3824-0717, do Procon
e 156, da SPtrans
-
por carta, no endereço da SPtrans:
Rua Joaquim Carlos, 655, São Paulo,
CEP 03019-000 |
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fotos:
Cecília Bastos
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