Estudo
realizado pela Faculdade de Saúde Pública (FSP),
Aspectos do câncer no Município de São
Paulo, mostra que a tendência do câncer na
cidade de São Paulo continua em ascensão. No
período de 1997 a 1999 o número de casos foi
de 498 por cem mil habitantes nos homens e 401,7 por mil habitantes
nas mulheres, enquanto a mortalidade foi de 152,6 e 100,7
por mil habitantes, respectivamente.
Segundo
Antonio Pedro Mirra, médico e coordenador do estudo
e do setor de Registro de Câncer de São Paulo,
ligado ao Departamento de Epidemiologia da FSP, a explicação
se deve ao aumento da população com 60 anos
ou mais. "As pessoas ficam expostas por mais tempo aos
riscos ambientais, além de não desenvolverem
hábitos saudáveis de vida", afirma ele.
Para
o pesquisador há uma série de fatores de risco
presentes no cotidiano das pessoas. Os casos de câncer
no aparelho digestivo, por exemplo, estão ligados diretamente
a má alimentação e consumo em excesso
de carnes vermelhas, gorduras e sal. Para as mulheres o uso
de hormônios e a primeira gravidez tardia são
os causadores do aparecimento da doença.
Pelo
estudo, para os homens o câncer de próstata está
em primeiro lugar nos casos de morte, seguido pelo câncer
de pulmão, estômago e cólon respectivamente.
Para as mulheres o de mama lidera seguido pelo colo do útero,
cólon e estômago.
Conhecer
os fatores da doença leva à prevenção
e ao planejamento das ações através de
políticas públicas visando à diminuição
dos casos. Diferentemente dos casos de mortalidade que dependem
de uma ação individual de prevenção.
Os homens estão mais conscientes em relação
ao câncer de próstata, sabendo da necessidade
de procurar um especialista com freqüência.
De
acordo com as estatísticas de mortalidade do Ministério
da Saúde, no período de 1930-1999 houve um aumento
de mortes causadas por tumores malignos contrastando com a
diminuição dos casos de doenças infecciosas.
Em 1930, 4,2% de pessoas morreram de tumores malignos contra
39% que morreram de doenças infecto-contagiosas. Em
1999, houve uma inversão: 16,2% das mortes estavam
relacionadas a tumores e 3,2% a doenças infecciosas
e parasitárias.![](images/fundo03.gif)
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