Este artículo plantea que Augusto Roa Bastos, João Guimarães Rosa, Juan Rulfo y José María Arguedas compartieron el esfuerzo de hacer audible la voz “iletrada” de miembros de culturas rurales e indígenas, e igualmente compartieron la experiencia de la imposibilidad de esta tarea. Elartículo termina indagando por lo que quedódel esfuerzo mencionado.
Este trabalho desenvolve algumas reflexões básicas sobre a nova narrrativa latino-americana do ponto de vista da problemática da modernidade, e mais especificamente, dos conflitos fáusticos do progresso. A leitura do Fausto de Goothe serve de pardigma do homem moderno e seus imperativos de progresso, como problemática central da modernidade. No caso da América Latinba se analizam as tensões na formação de sua modernidade, suas manifestações na cultura e a sua transposição na nova narrativa latino-americana. Os romances escolhidos para uma análise detalhada deste assunto são: Pedro Páramo de Juan Rulfo, São Bernardo de Graciliano Ramos, Yo El Supremo de Augusto Roa Bastos e Gramde Sertão Veredas de João Guimarães Rosa. A análise tem três aspectos: a) as relações entre personagens e seu mundo; b) as tensões fáusticas e suas transposições em cada texto; e c) as metamorfoses que se operam nos personagens.
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Teoria Literária e Literatura Comparada
Neste trabalho, proponho-me examinar a obra de Jõao Guimarães Rosa (principalmente Grande Sertão: Veredas e alguns contos) em relação com as obras mais reconhecidas de outros escritores junto com os quais conformaria o grupo que José María Arguedas denomina escritores provincianos: Juan Rulfo, o próprio Arguedas e, embora menos próximo a eles, García Márquez. Além destes autores, examino sua relação com Augusto Roa Bastos, autor que a crítica posterior a Arguedas inclui entre os provincianos. Analisa-se por que estes escritores se apresentam como humildes camponeses, vaqueiros ou índios que não gostam dos intelectuais e escrevem obras que parecem narradas por um membro das culturas fundamentalmente orais de suas regiões de origem. Aponta-se que o objetivo dos provincianos é fazer surgir a província no literário em uma escrita que tem como destino a cidade, em resposta aos processos de modernização que parecem condená-la a desaparecer. Avalia-se o que fica dessa resposta, sugerindo-se que pode ser uma ruína. Na análise sobre a proposta narrativa dos provincianos são consideradas diferentes interpretações dedicadas a esse tema, desde os estudos clássicos de Ángel Rama e Antonio Candido até alguns textos que questionaram esses estudos, como os de Alberto Moreiras e Idelber Avelar.