Faculdade de Letras, Departamento de Letras Vernáculas
Este estudo apresenta algumas reflexões sobre o amor, em três estórias de Guimarães Rosa - "Substância", "Dão-Lalalão" e "Luas-de-mel". Ao mesmo tempo em que mantêm a sua autonomia, há uma profunda intedependência entre elas. Dentro de um universo de diferenças, cada uma se explica junto às outras. Essa integração corresponde a uma vertente do projeto de amor rosiano - manter a diversidade na unidade. A leitura proposta observa que o amor propicia transformações existenciais que ocorrem durante profunda viagem à interioridade dos personagens. Esse processo de metamorfose acontece diante de um tempo descontínuo, porém, circular. Nesse movimento, a natureza se une às mudanças dos personagens e se torna epifânica. Essas estórias mostram que Eros ultrapassa a visão dicotomizada e excludente entre lógico ou alógico, corpo ou alma. Elas propõem o amor envolvendo corpo e alma, razão e desrazão. Nelas, o amor se concretiza na transcendência e permite que o ser esteja em constante movimento de inaugurar a vida a cada instante, se descobrindo e descobrindo o novo e colocando-se por inteiro na aventura do viver.
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