A tese investiga as homologias estruturais e temáticas entre as estéticas inauguradas pelo escritor Guimarães Rosa e pelo cineasta Glauber Rocha. O ponto de partida da comparação é um estudo de Riverão Sussuarana, único romance publicado pelo cineasta, no qual Rosa é uma das personagens principais. O trabalho aponta não só fontes, influências e afinidades entre os artistas, como defende que suas obras são fundamentalmente alegóricas e discursos cifrados sobre o contraditório processo de modernização do país. Na primeira parte, analisam-se os conceitos de redemoinho e transe, criados pelos autores e que configuram uma espécie de dialética negativa. A segunda parte concentra-se nas alegorias de Brasília presentes em contos de Primeiras Estórias e no último filme de Glauber, A Idade da Terra. A intenção é desvendar em textos, roteiros e filmes a dimensão da realidade histórica e política do Brasil. Por fim, o trabalho procura mostrar as confluências e divergências de estilos dos autores ao retratarem um país moderno sem modernização.
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