O presente artigo dedica-se ao estudo do léxico, imaginário e estética da Umbanda em "O recado do Morro" (1956), de João Guimarães Rosa (1908-1967). Com apoio em breve panorama histórico e antropológico, este ensaio busca identificar imagens, imaginários, termos e expressões que, nesse conto, apontam indicial e ludicamente para as relações poéticas e ontológicas de Guimarães Rosa com a cultura e as práticas da espiritualidade afro-brasileira. Para tanto, utilizamos as ferramentas teóricas da hermenêutica, da filologia, da estilística e dos estudos do imaginário. O vocabulário empregado por Rosa, nesse conto, converge com aquele que define práticas e características da Umbanda, como se demonstra no glossário circunstanciado e comentado. Nossa conclusão é voluntariamente aberta e aponta para a necessidade de ampliação das pesquisas no entrecampo da cultura afro-ameríndia e da literatura rosiana.
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