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por
Júlia Tavares |

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tempo em que inovações tecnológicas
nunca param de acontecer, a USP precisou estar preparada
para atualizações constantes de seus sistemas
corporativos. O Proteos, criado em 1986 para registro
e acompanhamento dos processos administrativos gerados
pela Universidade, é um dos sistemas que exigiram
longo trabalho para estar em dia com tantas novidades.
Ele foi o primeiro a ganhar uma nova versão para
Internet, em 1999, e neste ano começa a ser implantado
com atualizações.
Graças
a ele, todos os documentos necessários
para a contratação de professor
ou funcionário, para compras ou estabelecimento
de convênios, por exemplo, podem ser "rastreados":
em poucos segundos é possível saber
em que unidade se encontra. Antes, para saber
a posição física de um processo,
"era necessário telefonar para as
unidades e, até o funcionário procurar
a informação e retornar, era muito
complicado", conta Marli Marques de Souza,
que foi usuária do Proteos até 1995,
ano em que assumiu a direção da
Divisão de Comunicação Administrativa
da Reitoria. |
foto
crédito:Cecília Bastos
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Marli
Marques de Souza |
Desde o início da década de 90,
no entanto, o Departamento de Informática
(DI) já estava desenvolvendo grandes inovações
nos sistemas Quíron (alunos), Marte (recursos
humanos) e Mercúrio (compras), que deixavam
o Sistema da Main Frame - computadores grandes
com máquinas operando nos terminais - para
o cliente-servidor - sistemas descentralizados.
O Proteos foi o único a ir direto do Main
Frame para a Web. |
"Em
1996 a Internet estava saindo do meio acadêmico
e começando a aparecer aplicações
comerciais interessantes, como a Amazon, principal
site de compras. O professor Imre Simon, que era
diretor da Comissão Central de Informática
(CCI) na época, pediu um estudo para o
DI sobre a viabilidade de usar as tecnologias
novas que estavam despontando para algo equivalente
a um mecanismo de rastrear documentos", conta
Silvio de Paula, técnico do DI. O departamento
aceitou o desafio e contou com o conhecimento
de Imre e de Arnaldo Mandel, professores do IME.
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foto
crédito:Cecília Bastos
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Silvio
de Paula |
"Transformar a arquitetura desses sistemas não
era fácil, e como o Proteos era o mais simples
da época, foi o primeiro candidato a entrar como
web", esclarece Mandel, que trouxe sugestões
inspiradas em outros programas de organização
e busca de dados.
Com
o apoio de Luiz Carlos Corrêa Santana, diretor
do Departamento de Administração
da Reitoria, o Proteos entrou no ar gradativamente
a partir de 1998. A Internet facilitou ainda mais
a agilização das informações
a respeito de um documento. "Hoje posso saber
se um processo saiu de uma sessão e foi
para outra mesmo dentro do campus de Bauru",
exemplifica Santana.
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foto
crédito:Cecília Bastos
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Luiz
Carlos Santana |
Para
que a transição fosse suave, no entanto,
o DI e o Grupo Responsável pelo Sistema, comandado
por Marli, treinou os funcionários das diversas
unidades. "Graças a isso não tivemos
nenhum problema de implantação",
comemora Silvio.
Segundo ele, atualmente o Proteos acompanha o andamento
de 2.630 milhões documentos, gerenciados por
cerca de 2.500 funcionários que possuem uma senha
de acesso exclusivo. A relação de protocolos
por funcionários diminuiu bastante desde 1986.
"Antes a sessão do serviço de protocolo
da Reitoria trabalhava com 30 pessoas, e hoje baixou
para 7", diz Marli.
foto
crédito:Cecília Bastos
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Expedição
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O setor de protocolo abre os processos, ou seja, o documento
recebe uma pasta e ganha um número e um código
de barras para ser cadastrado pela primeira vez no sistema.
O código é uma novidade do Proteos versão
2004 e surgiu para gerar um ganho operacional e evitar
Lesão por Esforço Repetitivo (LER) dos
funcionários. "Trabalho aqui desde a época
em que tinha que datilografar de 15 a 20 minutos para
cada documento. Hoje gasto três minutinhos",
conta Osvaldo Ferreira Carmo.
O código de barras facilita o trabalho de Soraia
Ferreira, técnica do setor de expedição
da Reitoria. Ela registra as entradas e saídas
dos processos com o auxílio de uma máquina
que faz a leitura do código. "É ótimo,
antes dava muito trabalho, chegam cerca de 800 protocolos
por dia e tínhamos que digitar todos os números",
afirma ela, enquanto um motoboy do Instituto de Biologia
chega trazendo uma nova pilha de processos. |
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