Revista Espaço Aberto
Home Capa Conheça USP Perfil Dicas Comportamento Cultura Notas Infotoques Cartas Expediente Edições Anteriores

Capa
por Talita Abrantes
fotos por Francisco Emolo


Veja também:
Mais que status, qualidade de vida
Unidades da USP estimulam funcionários a melhorar sua qualificação profissional
Diminui a desigualdade de renda no Brasil
Em 1981, trabalhador com um ano a mais de estudo que outro ganhava salário 17% maior. A diferença hoje é de 11%
Sem qualificação
Pesquisa aponta que no estado falta mão-de-obra preparada para exercer funções que exigem pouca escolaridade

 

 

Foto crédito: Francisco Emolo
Para a professora Carmen Vidigal, os cursos do Programa Estadual de Qualificação Profissional deveriam ir além da idéia de desenvolvimento local


Governo estadual espera alcançar 30 mil pessoas com os cursos de qualificação profissional

A partir do segundo semestre, diversas regiões do Estado de São Paulo receberão cursos de qualificação profissional focados nas demandas apontadas pelo Diagnóstico para o Plano Estadual de Qualificação Profissional. É o que prevê o secretário estadual de Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingues. A proposta é atingir 30 mil pessoas só em 2008.

Ministrados em parceria com o Centro Paula Souza, Centros Federais de Educação Tecnológica e entidades do Sistema S (Sesi, Senai, Sesc, Senac, Sest, Senat, Senar), os cursos terão 200 horas/aula. Destas, 120 serão destinadas à retomada do ensino básico (com aulas de Português, Matemática, Conhecimentos Gerais e Cidadania). Só as 80 horas restantes serão focadas na profissionalização. O material didático, por sua vez, será produzido pela Fundação Padre Anchieta e seguirá o modelo de telecursos.

"Cerca de metade da população entre 30 e 49 anos não tem ensino fundamental. Este é o ônus com o qual teremos que lidar", aponta o secretário. "Mesmo com o crescimento do País a todo o vapor, teremos um desemprego endêmico, pois há pessoas sem qualificação. Portanto nosso papel é investir nesse núcleo."

Por outro lado, para a professora da Faculdade de Educação Carmen Silvia Vidigal, esta política não passa de uma medida compensatória. "Esses cursos não pressupõem a elevação de escolaridade, tampouco proporcionam que os trabalhadores estejam preparados para assumir ocupações de diferentes complexidades ou mesmo para prosseguir nos estudos", avalia.

página 1 | 2 seguinte >

   
Comentar no BlogImprimir


web
www.usp.br/espacoaberto