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Para a professora Carmen Vidigal, os cursos do Programa Estadual de Qualificação Profissional deveriam ir além da idéia de desenvolvimento local
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Governo estadual espera alcançar 30 mil pessoas com os cursos de qualificação profissional
A partir do segundo semestre, diversas regiões do Estado de São Paulo receberão cursos de qualificação profissional focados nas demandas apontadas pelo Diagnóstico para o Plano Estadual de Qualificação Profissional. É o que prevê o secretário estadual de Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingues. A proposta é atingir 30 mil pessoas só em 2008.
Ministrados em parceria com o Centro Paula Souza, Centros Federais de Educação Tecnológica e entidades do Sistema S (Sesi, Senai, Sesc, Senac, Sest, Senat, Senar), os cursos terão 200 horas/aula. Destas, 120 serão destinadas à retomada do ensino básico (com aulas de Português, Matemática, Conhecimentos Gerais e Cidadania). Só as 80 horas restantes serão focadas na profissionalização. O material didático, por sua vez, será produzido pela Fundação Padre Anchieta e seguirá o modelo de telecursos.
"Cerca de metade da população entre 30 e 49 anos não tem ensino fundamental. Este é o ônus com o qual teremos que lidar", aponta o secretário. "Mesmo com o crescimento do País a todo o vapor, teremos um desemprego endêmico, pois há pessoas sem qualificação. Portanto nosso papel é investir nesse núcleo."
Por outro lado, para a professora da Faculdade de Educação Carmen Silvia Vidigal, esta política não passa de uma medida compensatória. "Esses cursos não pressupõem a elevação de escolaridade, tampouco proporcionam que os trabalhadores estejam preparados para assumir ocupações de diferentes complexidades ou mesmo para prosseguir nos estudos", avalia.
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