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Por Maria Clara Matos
Fotos por Cecília Bastos

 

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Foto crédito: Francisco Emolo
“A mortalidade está ligada diretamente a um tratamento adequado contra o câncer. É preciso tratar direito a doença para que os pacientes possam ser curados, ou que tenham maior tempo e de qualidade de vida”, afirma Maria Del Pilar, médica especialista em câncer

 

 

Foto crédito: Cecília Bastos
O Instituto do Câncer possuirá um total de 580 leitos, 84 serão de UTI e  de terapia semi-intensiva e 30 para hospital-dia


Os números que cercam a criação e manutenção do hospital corroboram a afirmação do médico Giovanni Guido Cerri, diretor-geral do instituto e professor do Departamento de Radiologia da Faculdade de Medicina da USP, “esse é um projeto do tamanho do Estado”. Contando com investimentos de R$ 270 milhões em obras e equipamentos, em maio estarão disponíveis o ambulatório de oncologia clínica e ginecológica, a quimioterapia ambulatorial e 12 leitos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Já as internações clínicas e cirúrgicas devem estar funcionando em dezembro deste ano. A previsão é de que no final de 2009, já em pleno funcionamento, o instituto realizará de 1.500 a 1.900 consultas por dia e cerca de 16 mil cirurgias por ano.

Os dados relacionados ao projeto assustam, só não assustam mais do que os que se referem à infra-estrutura direcionada ao tratamento do câncer anteriormente realizado no Hospital das Clínicas. Maria Del Pilar, supervisora do antigo Setor de Oncologia do HC, destaca que um dos grandes problemas referia-se aos insuficientes 8 leitos disponíveis à internação, considerando-se as 120 consultas por dia. Em oposição, o Instituto do Câncer possuirá um total de 580 leitos, 84 serão de UTI e  de terapia semi-intensiva e 30 para hospital-dia, além de vagas específicas de observação, recuperação pós-anestésica e cuidados paliativos.

O médico Paulo Hoff, diretor clínico do Instituto do Câncer, é enfático ao dizer: “Se observarmos como parâmetros os leitos disponíveis para pacientes SUS com câncer na cidade de São Paulo, nós mais do que duplicamos a oferta de leitos, chegamos próximo a triplicar”. A especialista em oncologia Maria Del Pilar ainda destaca outra questão que acredita ser de extrema importância: o fato do instituto proporcionar a maior integração da equipe médica, promovendo uma discussão multidisciplinar da doença.

Se no HC o tratamento estava segmentado em setores como a cirurgia no prédio central, a oncologia clínica e a radioterapia no instituto de radiologia, o Instituto agrupará profissionais e auxiliará no encaminhamento do tratamento. Ainda segundo Maria, aos profissionais que antes já trabalhavam no Setor de Oncologia como psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais, serão somados fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais que poderão auxiliar tanto na cura dos pacientes, como no aumento da expectativa de vida e melhoria das condições de vida dos doentes.

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