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Criador de uma vacina que breca o crescimento de dois tipos de tumor, José Alexandre Barbuto, do Instituto de Ciências Biomédicas, está animado com a possibilidade de estender a técnica para outros cânceres.
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Vacina e laser são novidades na prateleira do tratamento da doença
A cura para o câncer, propriamente dita, ele ainda não descobriu. Mas os olhos brilham como se ele tivesse encontrado a fórmula para aniquilar a doença da face da terra. Com o sorriso de orelha a orelha, o pesquisador José Alexandre Barbuto, do Instituto de Ciências Biomédicas, fala da vacina contra melanomas (um tipo de câncer de pele) e tumores de rim que desenvolveu com a alegria de quem sonha distribuir esperança para o mundo.
Tanto entusiasmo não é para menos. Barbuto entrou na cruzada dos que buscam novos tratamentos para o câncer em 2000. Quatro anos depois fechou o estudo com resultados animadores. A vacina, criada por ele, conseguiu brecar o crescimento de melanoma e tumor de rim nos pacientes por no mínimo três meses em 80% dos casos.
Para desenvolver o novo tratamento, o pesquisador decidiu trabalhar com as células dendríticas, responsáveis por, em linhas gerais, apontar para o sistema imunológico quando há algo de errado com o organismo. " Ela funciona como uma espécie de vitrine que mostra a substância para o sistema imune de forma que ele compre a briga ou não", explica. Nos pacientes com câncer, a célula não trabalha direito. "Ao invés de ser uma vitrine que induz o combate, ela induz a tolerância." Ou seja, o sistema imune entende que o câncer é um tecido normal. |