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Comportamento
por Talita Abrantes
fotos por Francisco Emolo

 

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Foto crédito: Francisco Emolo
O professor José Roberto Simões pondera que o atual sistema de complementação de energia utilizado não é inteligente. Para ele, o ideal seria instalar uma resistência fora do tanque

 

 


De acordo com Simões, é preciso apenas ter cuidado com o sistema de complementação de energia. Em dias de baixa insolação, o aquecimento da água fica por conta, geralmente, de uma resistência instalada no interior do tanque ou boiler. “E isso não é uma alternativa inteligente, pois você acaba aquecendo toda a água”, explica o professor. “O ideal seria ter uma resistência fora do tanque para que só fosse aquecida a água que será utilizada.”

Apesar desse sistema ainda não estar disponível no mercado, a economia de energia elétrica já é notável na maioria dos locais que utiliza o equipamento. Em 2005, os 63 chuveiros elétricos do conjunto residencial da Esalq foram substituídos por um sistema de coletor solar. Antes da instalação o consumo mensal de energia elétrica era de 400kWh. Hoje, este valor foi reduzido em 70%.

“O custo de instalação foi de R$ 55 mil, mas porque a edificação já tinha um sistema de aquecimento central. No Brasil, a maioria das casas só tem tubulações de água fria. Então, há ainda um custo adicional para a instalação da tubulação de água quente, necessária para o funcionamento do aquecedor”, explica Eliane.

Coletores solares também foram instalados na Casa das Caldeiras do Restaurante Central do campus da capital. Apesar de a energia solar ser utilizada apenas para pré-aquecer a água, a economia de gás liquefeito (GLP), ou gás de cozinha, é de duas toneladas. Na época em que o aquecedor foi instalado, “a USP pagava R$ 2,34 o quilo de GLP. Então, estimamos que a economia seria de R$ 4.600 por mês, R$ 55 mil por ano”, aponta Simões. Se esta conta estiver correta, em menos de dois anos a redução do consumo de gás alcançaria o valor investido no projeto, R$ 95 mil.

Diante de vantagens como estas, em 2007 foi sancionada lei de nº 313/2006 que obriga que as novas edificações da cidade de São Paulo, com quatro ou mais banheiros, sejam planejadas com coletores solares e aquelas com menos de três, têm de ser construídas com tubulações de água quente. “Apesar de algumas brechas, esta é uma boa iniciativa”, analisa Eliane.

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