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Perfil
Por Talita Abrantes
Fotos por Cecília Bastos e arquivo pessoal

 

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A Amazônia é definida assim pelo professor Paulo Artaxo. Para ele, falta fiscalização na região

 

Foto: arquivo pessoal
O pesquisador, que já ganhou prêmios como Nobel da Paz e TWAS Prize in Earth Science 2007, sempre estudou em escola pública


Com percepções como esta, o pesquisador passou a participar do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), órgão das Nações Unidas que produz informações cientificas para o entendimento das mudanças climáticas. “Foram 4 anos de trabalho árduo, mas que nos deu a certeza de que as mudanças climáticas são efetivamente causadas pelo homem.” No ano passado, o grupo fez uma série de sugestões de políticas e de controle de emissão de gases de efeito estufa.

Graças a esse trabalho, Artaxo partilhou em 2007 o Nobel da Paz com os outros membros do grupo. No mesmo ano, ele ganhou o prêmio da Academia de Ciências do Terceiro Mundo na área de Ciências da Terra. “È muito importante receber o reconhecimento da sua obra como a mais importante entre milhares de outras”, avalia. “Estes prêmios realmente vêm recompensar todo o trabalho árduo de dezenas de anos.”

No entanto, ele prefere não valorizar essas questões além da conta. “Porque ser cientista é uma profissão absolutamente como qualquer outra, a única diferença é que você recebeu um treinamento um pouco diferenciado”, opina. Contudo, admite a importância da sua carreira para o futuro da humanidade. “Ainda mais para essa sociedade que no correr deste século vai depender de avanços científicos importantes na área de meio ambiente para que se garanta a sustentabilidade.”

Mesmo com toda essa responsabilidade sobre seus ombros, o pesquisador diz não deixar de lado sua vida pessoal. Pai de Pedro, de 17 anos e Daniela, de 12, Artaxo conta viver bons momentos em família. “Realmente me dedico muito a eles apesar da vida extremamente ocupada do ponto de vista de atividades acadêmicas.” Nas horas livres, o professor gosta de ouvir música e viajar. “Escuto muito jazz contemporâneo e música popular brasileira.”

Diante de um currículo tão extenso, Artaxo se define “como um ser humano preocupado com o bem-estar das pessoas e que tenta viver uma vida tão mais possível integrada com a natureza, quanto com as pessoas que com ele compartilham a vida”.

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