Este trabalho conduz a uma visada literária e cultural, em que os olhares se voltam para as obras Pedro Páramo, de Rulfo e "Sarapalha", de G. Rosa, buscando compreender valor de duas produções distanciadas pelo espaço de uma realidade geográfica mas, entretanto, próximas por interações e diálogos.
Este trabalho conduz a uma visada literária e cultural, em que os olhares se voltam para as obras Pedro Páramo, de Juan Rulfo e “Sarapalha”, de Guimarães Rosa, buscando compreender valor de duas produções distanciadas pelo espaço de uma realidade geográfica mas, entretanto, próximas por interações e diálogos.
Grande Sertão: Veredas (1956) y Pedro Páramo (1955) crean, en la misma instancia que interrumpen, figuraciones totalizadoras del ser y del mundo: así operan sus ficciones. Esa participación encuentra su máxima paradoja en la apropiación que, sobre esas obras, ha ejercido la crítica latinoamericana: como precursoras de obras posteriores o como consolidaciones de una literatura
latinoamericana madura. ¿Esas obras aceptan sin tensiones o resistencias esa filiación? Este trabajo explora estos temas y problemas al menos en tres niveles imbricados y en extrema tensión: la acción, la narración y la transcripción o pasaje al texto.
Este artigo propõe alternativas de conversação latino-americana a partir das escrituras de Guimarães Rosa, Antonio Di Benedetto e Juan Rulfo. Especificamente, se abordam os modos em que Zama (1956), Pedro Páramo (1955) e “Páramo” (1968) portam e escrevem a catástrofe no âmbito da Guerra Fria. Além disso, são problematizados os protocolos de leitura que até agora permitiram ou não a aproximação entre os autores e os textos estudados.
Pedro Páramo (1955), de Juan Rulfo, e Grande sertão: veredas (1956), de Guimarães Rosa, valem-se de procedimentos semelhantes para instituir uma aliança entre o leitor e a ficção. Tais procedimentos integram um elenco genérico, passível de descrição, e se empregam com invulgar eficácia nos textos estudados. Sem levar em conta possíveis relações especulares entre a experiência de vida dos autores e suas criações literárias - pressupondo, por exemplo, que Comala é um retrato da infância de Rulfo e que o “grande sertão” de Guimarães Rosa resulta das observações feitas pelo autor em suas viagens pelo sertão brasileiro -, este artigo se propõe realizar uma leitura comparativa dos romances que privilegie alguns recursos técnicos e estilísticos com que logram disfarçar em naturalidade seu artifício.
Este artigo busca discutir dois aspectos importantes que permitem uma comparação significativa entre William Faulkner, Guimarães Rosa e Juan Rulfo. Estes são a preocupação constante dos três autores de representar áreas rurais, marginais dentro de um quadro da modernidade, e a exploração pelos três da estética modernista.
O presente trabalho pretende aproximar dois
romances latino-americanos publicados à distância de um ano entre si e
que representam um momento fundamental da literatura do México e do
Brasil. São eles: Pedro Páramo, de Juan Rulfo, e Grande Sertão:
Veredas de Guimarães Rosa. Embora os dois romances apresentem
características diferenciadas, é possível estabelecer pontos de
convergência no que diz respeito ao tratamento dado a determinado tema
– o espaço americano, por exemplo – assim como à linguagem
privilegiada para expressar um mundo em formação, ainda não totalmente
nomeado e no qual a trajetória do herói moderno se confronta com o
desafio da saída do mundo coletivo para a entrada no mundo da
individualidade. A cultura popular e a oralidade do contexto
específico a cada autor servem, nos dois casos, como pano de fundo que
sustenta determinada construção dos universos ficcionais dos autores,
aqui postos em diálogo.
Grande Sertão: Veredas (João Guimarães Rosa, Brasil, 1956) e Pedro Páramo (Juan Rulfo, México, 1955), apesar de várias diferenças, retratam regiões tanto experienciais quanto espaciais, e logram isto por meio da tradução delas para narrativas também espaciais e experienciais. Em ambas as obras, os espaços telúricos do sertão brasileiro e do llano mexicano se transformam em espaços narrativos em tradução triplicada: (1) As suas narrativas são construídas espacialmente através da ambiguidade temporal, (2) os romances são espaços participativos, convidando a colaboração do/a leitor/a através de pontes e lacunae e (3) os paradoxos e a falta de confiabilidade das narrativas refletem a complexidade espacial das regiões traduzidas. Estas regiões são geograficamente fixas, culturalmente inscritas e espiritualmente sentidas: o sertão de Grande Sertão: Veredas é uma transcendência imanente, e Comala de Pedro Páramo, uma história imanente da crueldade. Tradicionalmente celebrados por serem inovadores apesar de regionais, estes romances são, de fato, inovadores na sua relação com as suas regiões. Através de inovações paralelas na espacialidade, ambos os romances revigoram as conexões dos leitores com a terra, como os seus interlocutores e também moradores.
Este artigo tem por objetivo encontrar pontos de convergências quanto à transculturação na
narrativa entre os dois romances os quais são: Pedro páramo (1958) escrito por Juan Rulfo (1917- 1986) no México e Grande sertão: veredas (1956) por João Guimarães Rosa (1908-1967) no Brasil. Este artigo tem base nos estudos dos dois teóricos: Fernando Ortiz qual foi etnólogo e cubano, e, com o segundo teórico ampliando o conceito de transculturação para a narrativa Ángel Rama que foi um crítico uruguaio.
Este artículo plantea que Augusto Roa Bastos, João Guimarães Rosa, Juan Rulfo y José María Arguedas compartieron el esfuerzo de hacer audible la voz “iletrada” de miembros de culturas rurales e indígenas, e igualmente compartieron la experiencia de la imposibilidad de esta tarea. Elartículo termina indagando por lo que quedódel esfuerzo mencionado.