JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Meu tio o Iauaretê
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Jäger oder Jaguar: Ambivalente Perspektivität und Hybride Versprachlichung zu der Erzählung "Meu Tio o Iauaretê" und Ihrer Übersetzung "Mein Onkel der Jaguar"
GROSSEGESSE, Orlando Alfred Arnold
Cadernos de Tradução, v. 41, n. 3, 2021-
p. 395-410
No caso de textos ficcionais que encenam a perspetiva narrativa através de falas regionalmente específicas, o tradutor literário está confrontado com dificuldades quase insuperáveis. A oralidade que se constrói no contínuo de diálogo (unilateral) e fluxo de consciência constitui mais do que um problema de reprodução. A questão central é a perspetiva narrativa e as propostas de identificação dirigidas ao leitor implícito. No texto-alvo, isto se torna um desafio peculiar, não só para outra língua mas também para outro leitor, no caso de a constelação linguística binária ficar atravessada por uma terceira língua. É o caso da situação linguística híbrida na narrativa Meu tio o Iauaretê (1961) de João Guimarães Rosatraduzida para alemão por Curt Meyer-Clason em Mein Onkel der Jaguar (1981). A nossa abordagem parte da categoria da fala de proximidade (Ágel & Hennig), tendo também em conta o processo autoreflexivo do tradutor que se manifesta no pósfácio e no glossário.
Palavras-chave do autor:
Curt Meyer-Clason
|
Fala de Proximidade
|
João Guimarães Rosa
|
Tupi / Nheengatu
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O espectro da besta no homem em “Meu tio Iauaretê”, de Guimarães Rosa
Geisy Nunes Adriano
Estação Literária, v. 17, 2016-
p. 148-161
O animal habitou o primeiro círculo relacional do homem em sua relação com o mundo, tanto em forma de carne e couro, como sob o manto da magia. Povoa, também, o imaginário primitivo, tal como o contemporâneo, consistindo em uma de suas primeiras metáforas, ademais é tema recorrente na história das representações. Nesse contexto, o prisma literário disseca e expõe o espectro da besta entranhado no homem. Valendo-se, a literatura, de um raciocínio analógico sob essa relação, a presente pesquisa propõe a análise das representações de animais na obra “Meu Tio o Iauaretê”, de Guimarães Rosa, a partir do diálogo com produções literárias e filosóficas, tendo como referencial teórico os estudos de Agamben (2002), Bataille (1993), Deleuze; Guattari (2012), Derrida (2002), Maciel (2008; 2011), entre outros.
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Um pouco além do inferno: contribuição à análise de "Meu tio, o Iauaretê", de Guimarães Rosa
Flávio Wolf de Aguiar
Nonada, v. 2, n. 29, 2017-
p. 110-129
Este ensaio aborda a estrutura ritual do conto de Guimarães Rosa e a construção e desconstrução de identidades culturais no contexto do processo histórico de ocupação das terras brasileiras por fazendas a partir da conquista portuguesa, iniciada no albor do século XVI. Situa o conto também no contexto da literatura brasileira pregressa e posterior, examinando sua fortuna crítica.
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Relações sociais em três narrativas de Guimarães Rosa
Ricardo Luiz Pedrosa Alves
Scripta Uniandrade, v. 17, n. 2, 2019-
p. 229-250
O artigo analisa as relações sociais em três narrativas de Guimarães Rosa: o romance Grande sertão: veredas e os contos “Meu tio o Iauaretê” e “Famigerado”. A leitura das relações sociais sob contexto rural ocorre pela investigação das mediações da voz narrativa, a partir das interlocuções sociais propostas nas três ficções. A centralidade do narrador e a dialética com o interlocutor são elementos deste estudo, apontando a contradição social nas falsas interlocuções representadas ficcionalmente. O artigo também discute as concepções a respeito das relações sociais em Guimarães Rosa nas análises de Willi Bolle, Roberto Schwarz, Walnice Galvão, Antonio Candido, Ángel Rama, Luís Augusto Fischer, Ana Paula Pacheco e Luís Bueno.
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Desejo em linha de fuga: momentos do tornar-se animal em Franz Kafka e Guimarães Rosa
Pedro Amaral
Revista Escrita, n. 8, 2007-
p. 1-10
O presente trabalho analisa os contos A metamorfose, de Franz Kafka, e Meu tio o iauretê, de Guimarães Rosa, à luz do conceito deleuziano de devir, procurando mostrar estas aproximações entre homens e animais como uma busca por liberdade.
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Animality and Textual Experimentalism in João Guimarães Rosa's "My Uncle, the Jaguar"
Ana Carolina Torquato
Word and Text - A Journal of Literary Studies and Linguistics, v. 11, 2021-
p. 187-200
This article analyses how form and content are intertwined in the story My Uncle, the Jaguar (1961) by Brazilian writer João Guimarães Rosa. In the first part, I use the fourteenth episode of Ulysses (1920), ‘Oxen of the Sun’, as an example of how language and form can convey ideas. The next section deals with Rosa’s efforts to create a character-narrator who seems to be on the verge of becoming-animal. The character’s transformation into a jaguar-like being is ambiguous, seeming to be both psychological and behavioural. In this sense, there is no evidence whether his metamorphosis is physical. However, the language of the narrative conveys his transformation, transcending him from Portuguese to Tupi-Guarani, to an animal snarling onomatopoeic language. To support my argument, I use a theoretical framework derived from Animal Studies and Anthropological Studies as a means of giving a better explanation of the variable cultural background concerning human-animal relationships.
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"Não me mate!" o discurso em confronto em
Meu tio, o iauaretê
Caroline Neres de Andrade
Macabéa : Revista Eletrônica do Netlli, v. 10, n. 2, 2021-
p. 80-92
Este artigo tem como objeto de estudo o conto: Meu tio, o Iauaretê, de Guimarães Rosa, publicado na revista Senhor de nº 25, em 1961, posteriormente modificado e republicado na coletânea Estas Estórias, em 1969. A partir do conto, este artigo se propõe a desenvolver uma análise crítico-reflexiva sobre a representação indígena na literatura de Rosa. Para construir essa análise, utilizaremos o embasamento teórico de Haroldo de Campos, Antonio Candido, Achille Mbembe, Frantz Fanon, etc. A partir dos apontamentos teóricos e da interpretação do conto, conduziremos a questão da representação indígena na obra de Guimarães Rosa, em que o corpo indígena é mediado pelas relações sociais como elemento de formação literária brasileira. Esse estudo pretende dar relevância as discussões sobre o extermínio do corpo indígena em contraposição a sobrevivência do discurso como recurso de re-existir historicamente.
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A metamorfose fatal: mistura e alteridade em "Meu tio o Iauaretê", de João Guimarães Rosa
André Luís Rodrigues
O Eixo e a Roda - Revista de Literatura Brasileira, v. 28, n. 1, 2019-
p. 69-90
Neste ensaio, busca-se empreender uma leitura analítico-interpretativa de “Meu tio o Iauaretê”, o extraordinário conto incluído no livro Estas estórias, de João Guimarães Rosa, publicado postumamente em 1969, de modo a mostrar como o encontro entre o narrador-protagonista e o forasteiro que chega ao seu rancho, no meio do sertão, não poderia ter tido um resultado diferente da eliminação do caçador de onças, índio mestiço, além de misturado em diversos outros aspectos, e que parecia prestes a metamorfosear-se em onça. A civilização representada pelo branco adventício parece incapaz de tolerar o misturado e muito menos aquele que se apresenta como o seu outro radical. Nesse sentido, a narrativa figuraria, entre outras coisas, o modo como o homem branco, muito melhor aparelhado tecnologicamente do que o nativo, foi responsável pela destruição da cultura indígena.
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"Meu tio o iauaretê": arte literária e ética
Adriana de Fátima Barbosa Araújo
Revista da Anpoll, v. 1, n. 33, 2012-
p. 15-26
Este artigo parte de um estudo realizado no arquivo de João Guimarães Rosa, no Instituto de Estudos Brasileiros (IEB/USP). Nele, a forma literária é percebida como uma tomada de posição que supõe um posicionamento do escritor no interior das contradições do processo social. Nesse sentido, defendo a ideia de que, em “Meu tio o iauaretê”, a conversa desnivelada, padrão narrativo também pre- sente em outros textos do autor, ataca a questão da desigualdade bra- sileira, representando-a.
Palavras-chave do autor:
"Meu tio o iauaretê"
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ética
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exclusão
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história
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Representação
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Uma pesquisa sobre "Meu tio o iauaretê" de Guimarães Rosa: passos iniciais
Adriana de Fátima Barbosa Araújo
Revista de Letras, v. 1, n. 2, 2008-
p. 26-33
Este texto se destina a informar os passos iniciais da pesquisa que venho realizando sobre a novela “Meu tio o iauaretê”, de João Guimarães Rosa. Ao inscrever a pesquisa na linha de interpretações sociológicas, históricas e políticas, não deixo de observar elementos que dizem respeito à genética do texto, como demonstra o pontapé inicial do estudo realizado no arquivo do escritor no IEB/USP. Neste estudo, a forma literária é percebida como uma tomada de posição que supõe um posicionamento do escritor no interior das contradições do processo social. Defendo a ideia de que a conversa desnivelada, padrão narrativo também presente em outros textos do autor, ataca a questão da desigualdade brasileira a um só tempo compreendendo-a e criticando-a.
Palavras-chave do autor:
"Meu tio o iauaretê"
|
exclusão
|
Representação
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subalternidade
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O mundo misturado: romance e experiência em Guimarães Rosa
Davi Arrigucci Jr.
Novos Estudos CEBRAP, n. 40, 1994-
p. 7-29
Este ensaio de interpretação do Grande sertão: Veredas trata da forma mesclada do romance de formação com outras modalidades de narrativa, provindas da tradição oral, em consonância com o processo histórico-social que rege a realidade também misturada do sertão rosiano. O grande sertão, múltiplo e labiríntico, origem do mito e da poesia, é visto em seu desdobrarse numa espécie de mar para a existência épica: campo da guerra jagunça e das aventuras de um herói solitário, Riobaldo. Ao abrir-se o livro, esse ex-jagunço surge como o contador de casos que acaba narrando sua vida a um interlocutor da cidade e colocando-lhe questões que nenhum dos dois pode responder. O estudo descreve e tenta apreender assim a mistura peculiar que define a singularidade do livro, intrinsecamente relacionada ao mundo misturado que tanto desconcerta esse narrador, cujo desejo de saber vai além da sabedoria prática do narrador tradicional, pois envolve questões do sentido da experiência individual, típicas do romance, voltado para o espaço urbano do trabalho e da vida burguesa. Na reconstrução da mistura como um todo orgânico, em que o romance parece renascer do interior da poesia do mais fundo do sertão brasileiro, se busca tornar inteligível um verdadeiro processo de esclarecimento. Por ele, Riobaldo, ao repassar o vivido e sua paixão errante por Diadorim, se esquiva da violência mítica do demo que marcou sua existência, expondo-a à luz da razão. Isto faz da travessia desse herói problemático de romance, homem humano, um contínuo aprender a viver ? a real dimensão moderna da obra-prima de Guimarães Rosa. Palavras-chave: literatura; romance; Guimarães Rosa; Grande sertão: Veredas.
Palavras-chave do autor:
Grande sertão: veredas
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João Guimarães Rosa
|
literatura
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romance
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Jaguanhenhém: um estudo sobre a linguagem do Iauaretê
Marcel Twardowsky Ávila
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Rodrigo Godinho Trevisan
Magma, n. 12, 2015-
p. 297-335
Em Meu tio o Iauaretê, Guimarães Rosa empreende em prosa um grande experimentalismo com relação à linguagem, utilizando-a como um instrumento em que, por meio da mescla entre o português e o tupi, aflora o hibridismo do narrador homem-onça. O uso do tupi no conto, sobretudo na forma do nheengatu, é bastante denso, devido a isso um estudo da elaborada linguagem da obra mostra-se muito revelador. Abordamos ao longo deste ensaio as variadas formas pelas quais o tupi mescla-se à língua portuguesa na narrativa de Rosa e sugerimos interpretações que decorrem do estudo desse hibridismo linguístico, que confere singularidade à linguagem denominada jaguanhenhém. Por fim, fornecemos um glossário em que listamos e traduzimos os termos tupis utilizados por Rosa. Desse modo, este trabalho busca preencher uma lacuna apontada por Haroldo de Campos em seu conhecido ensaio A Linguagem do Iauaretê.
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O animal no humano
Michel Mingote Ferreira de Azara
Revista Internacional de Humanidades, v. 2, n. 2, 2013-
p. 59-63
O conto “Meu tio, o Iauretê” (1962), de Guimarães Rosa, problematiza a fronteira entre o homem e o animal, através de uma escrita intensiva, que busca desvelar o animal no humano. Dessa forma, pensar a animalidade em Guima-rães Rosa, significa pensar aquilo que o filósofo francês Gilles Deleuze denominaria “Devir-animal”, conceito presente no texto 1730-Devir- intenso, Devir-animal, Devir-imperceptível..., e que seria da ordem de uma conjugação de um homem com um animal, sendo que nenhum deles se assemelharia ou até mesmo imitaria o outro, ou seja, não seria uma questão de metamorfose, mas de devires, atravessamentos e curto-circuito entre reinos. Nesse sentido, a filosofia de Gilles Deleuze, Jaques Derrida e Georges Bataille servirão como escopo básico para que se reflita sobre a questão do eu e do outro, do homem e do animal, da identidade e da diferença. A problematização dessa questão, através da literatura, visa demonstrar como se dá, na narrativa literária, na linguagem, o questionamento do antropocentrismo, nas palavras de Derrida os “pró-prios do homem”, o que acarretaria na subsunção da potência da vida, pura, imanente.
Palavras-chave do autor:
Animalidade
|
devires
|
literatura brasileira
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Bastidores
Revista Senhor, n. 3, 1961-
p. 4
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Narrar é resistir: os processos de transculturação narrativa em "Meu Tio o Iauaretê", de Guimarães Rosa
João Pedro Lima Bellas
Línguas & Letras, v. 19, n. 45, 2019-
p. 29-44
Em suas manifestações iniciais, a literatura na América Latina desempenhou um papel determinante no processo colonizador, funcionando muitas vezes como expressão dos padrões culturais do colonizador. Conforme desenvolveu-se, entretanto, a produção literária latino-americana possibilitou uma resistência às tendências colonizadoras, promovendo o resgate e revalorização de elementos característicos das tradições culturais nativas do continente americano. Esse papel de resistência foi amplamente estudado pelo crítico uruguaio Ángel Rama, sobretudo em seus escritos sobre a transculturação narrativa, conceito formulado a partir das contribuições do antropólogo cubano Fernando Ortiz. Rama mostrou-se particularmente interessado pelo modo como alguns escritores latino-americanos rearticularam no âmbito ficcional os aspectos próprios das tradições populares das regiões rurais da América Latina, criando a partir da fala dos habitantes do interior uma linguagem literária mais apropriada para expressar a visão de mundo engendrada por esses elementos culturais. Um dos autores estudados por Rama é Guimarães Rosa. De fato, os pontos centrais da proposta poética do escritor mineiro vão ao encontro do conceito de transculturação desenvolvido pelo crítico uruguaio. Nesse sentido, a proposta deste artigo é analisar o conto “Meu tio o iauaretê” (1961) para explicitar os procedimentos de transculturação narrativa empregados por Guimarães Rosa. O objetivo é explorar a partir da obra rosiana o papel de resistência cultural desempenhado pela literatura latino-americana, mostrando como o conto contribui para uma reafirmação e valorização de elementos próprios da cultura indígena frente a problemática da colonização.
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O limite entre natureza e civilização: o problema da humanização à luz da ficção de Guimarães Rosa
João Pedro Lima Bellas
Scripta Alumni, n. 16, 2016-
Em sua vasta obra, Antonio Candido defende de maneira consistente a compreensão da literatura como um fator de humanização. Essa noção parte de um pressuposto evolucionista que associa humanização a civilização e segundo o qual diferentes grupos de pessoas estariam em diferentes estágios de desenvolvimento, sendo mais civilizados aqueles que superaram um estado de simbiose com a natureza. De acordo com essa perspectiva, a literatura desempenharia um papel fundamental no processo de distanciamento entre o homem e o mundo natural. O objetivo deste ensaio é confrontar a visão de Candido a duas narrativas de Guimarães Rosa: Meu tio o iauaretê (1961) e A terceira margem do rio (1962), para problematizar a função humanizadora da literatura advogada pelo crítico.
Palavras-chave do autor:
Animalidade
|
Antonio Candido
|
Guimarães Rosa
|
Humanização
|
natureza
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A escolha do homem-onça, no conto "Meu tio o Iauaretê"
Maria Zélia Borges
Todas as Letras, v. 8, n. 1, 2006-
p. 87-95
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A linguagem do Iauaretê
Haroldo de Campos
Suplemento Literário Minas Gerais, v. 9, n. 395, 1974-
p. 7
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A linguagem do Iauaretê
Haroldo de Campos
O Estado de S. Paulo, 1962-
Suplemento Literário , p. 3
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A trapaça do Iauaretê
Leomir Silva de Carvalho
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Sílvio Augusto de Oliveira Holanda
Boletim de Pesquisa NELIC, v. 14, n. 21, 2014-
p. 128-141
Este artigo versa sobre a linguagem do conto “Meu tio o Iauaretê” (1961) de João Guimarães Rosa em sua realização transgressora. Barthes (1978) identifica a linguagem ao poder afirmando que nela as estruturas de opressão se reproduzem e se mantêm. O poeta, para o pensador francês, é um dos únicos sujeitos capazes de estabelecer uma relação criativa com a linguagem passível de suspender sua fixidez, mesmo que por um breve momento, a esse ato Barthes chama de trapaça. Portanto, analisa-se no conto de Guimarães Rosa como o autor brasileiro “trapaceou” ao contar a estória de um matador de onças em “Meu tio o Iauaretê”. Ao lado disso, traça-se um paralelo entre a traduçãao criativa, como a compreende Haroldo de Campos no ensaio “A palavra vermelha de Hoelderlin” (1977), e a fala do matador de onças, observando como a linguagem deste encena ou faz-se metáfora da tradução criativa.
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